Refletindo sobre o Dia da Terra, surge a pergunta: Como estamos cuidando do nosso lar?

Refletindo sobre o Dia da Terra, surge a pergunta: Como estamos cuidando do nosso lar?

*Por Elcio Trajano Junior, diretor de RH, Sustentabilidade e Comunicação Interna da Eldorado Brasil Celulose

Hoje é um dia muito especial para pararmos um pouquinho e refletirmos sobre o nosso planeta, o nosso lar, a Terra. É incrível pensar nas condições maravilhosas que ela nos oferece todos os dias para que possamos viver e crescer. Por isso, eu gostaria de convidar você a refletir sobre como estamos cuidando desse lugar tão especial. Mais do que dados e análises, vamos pensar sobre como podemos ser gratos e cuidadosos com a nossa casa.

Saindo do campo pessoal e conectando com as questões de negócios, que movimentam a economia ao redor do mundo, posso destacar que as questões ambientais, sociais e de governança se tornaram cada vez mais críticas para empresas de todos os setores. Isso porque a sustentabilidade é uma abordagem que ajuda a criar valor a longo prazo, levando em consideração a maneira em que uma determinada organização opera nos ambientes ecológico, social e econômico. Em outras palavras, traçar metas alinhadas a esses pilares ajuda a promover a longevidade de empresas, além de reduzir o impacto negativo em nosso planeta – afinal, não temos outro.

O conceito de ESG (sigla para Environmental, Social and Governance) ou em português ASG (Meio Ambiente, Social e Governança), criado para integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado privado, serve como norte para guiar empresas rumo à sustentabilidade, assim como as metas mundiais definidas pela ONU a serem alcançadas até 2030 – amplamente conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – criadas para vincular o bem-estar humano à sustentabilidade do planeta.

Antes da ampla disseminação do conceito de ESG, a Eldorado Brasil Celulose S/A, por exemplo, já executava ações de responsabilidade ambiental, social e de governança. Esta é uma companhia que desde 2013 publica anualmente seu Relatório de Sustentabilidade, onde disponibiliza informações relevantes sobre a sua atuação. Como faço parte desta realidade, posso afirmar que ao longo da história da nossa cadeia, que envolve plantar florestas de eucalipto e extrair celulose da madeira para fins de produção de papel de diversos tipos, há muito investimento em tecnologia, boas práticas ambientais e impacto positivo para o planeta e as pessoas.

Para dar um exemplo palatável disso, posso destacar a cadeia de carbono superavitária, na qual nossas florestas retiram 12 vezes mais carbono do ar do que a nossa operação emite. Reforço que essa é uma importante contribuição para combatermos a crise climática e garantirmos um futuro seguro abaixo de 1,5°C, já que o mundo precisa reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% ainda nesta década.

O setor da celulose no Brasil também tem feito sua parte, conquistando certificações que permitem o rastreamento da matéria-prima, atestam o manejo sustentável e o diálogo com as comunidades. Segundo o Relatório Anual 2022 da Ibá, em 2021, foram 7,37 milhões de hectares certificados pela FSC ou PEFC/Cerflor, um aumento de 8,3% em relação ao ano anterior. Avanços como esse têm ajudado a alavancar o Brasil como um dos possíveis líderes do mercado verde, inclusive, atendendo à demanda de países do hemisfério do Norte por créditos de carbono. Atualmente, o setor de árvores cultivadas produz mais de 5 mil bioprodutos de origem renovável, que estocam carbono, são biodegradáveis na maioria e recicláveis. Além disso, 73 % das empresas têm um inventário para mensurar emissões e remoções de carbono, de acordo com o documento do Ibá.

Longe de ser apenas uma tendência, a sustentabilidade é também uma necessidade para qualquer empresa. Conforme aponta o relatório da McKinsey (2022), “ações específicas tomadas por empresas que usam tecnologias atuais – apoiadas por ações capacitadoras mais amplas de toda a sociedade – podem não apenas reverter a tendência [negativa], mas também gerar retorno sobre o investimento (ROI) positivo em um número substancial de casos”.

Portanto, incluir os princípios do ESG em qualquer tipo de empresa é ainda uma forma de garantir rentabilidade e de, juntos, termos a possibilidade de liderarmos o mercado verde global, dando grandes passos para tornarmos o mundo mais equilibrado, sustentável, abundante em vida, participativo e popular.

Mas não se esqueça, a vida no planeta depende de mim, de você e de todos.