Redução das emissões passa por repensar nossos processos

Redução das emissões passa por repensar nossos processos

O mundo realizou apreensivo a 27ª edição da Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP), que este ano ocorreu no Egito entre os dias 06 e 18 de novembro, com o aumento da incidência de eventos climáticos extremos em todo o planeta. Desenvolver ações para alcançar as metas definidas no acordo de Paris deixou de ser responsabilidade apenas de governos para ser uma prática incluída no objetivo também das grandes corporações.

Desde 2019, a CMPC assumiu metas de sustentabilidade em nível global. Esse compromisso público estabelece que a empresa deve, entre outros objetivos, reduzir, até 2030, 50% das emissões de gases causadores de efeito estufa. Para isso, a companhia segue alicerçada no pilar da melhoria contínua e excelência em todos os seus processos industriais.

Fruto dessa visão, no Brasil, surgiram diversas iniciativas que estão tornando a unidade de Guaíba uma referência mundial para o setor. O projeto BioCMPC, segundo maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul e o maior em termos de sustentabilidade, une modernização operacional, medidas de controle e gestão ambiental.

São 31 iniciativas que irão promover melhorias na unidade industrial de Guaíba até o final de 2023, como instalação de uma nova caldeira de recuperação e, em paralelo, o desligamento em definitivo do equipamento de força auxiliar à carvão.  A ação terá efeitos ainda mais positivos nos indicadores de meio ambiente e posicionará a unidade entre as com menores níveis de emissões atmosféricas das indústrias do setor no país, com redução prevista de 60%.

Logística sustentável - Como forma de reduzir ainda mais suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), a CMPC tornou-se pioneira no Brasil ao realizar o transporte de produtos em veículo a gás natural (GNV). A primeira viagem nacional feita por um caminhão de 7 eixos movido por esse combustível ocorreu neste mês de setembro e levou uma carga de celulose da unidade de Guaíba (RS) até um dos clientes da companhia, localizado na cidade de Limeira, no interior paulista. O veículo tem capacidade para carregamento de até 39 toneladas

Em comparação a veículos similares movidos à combustão (óleo diesel), o caminhão utilizado apresenta uma redução de 17% na emissão de CO² e diminuição de 95% na geração de material particulado (proveniente da queima do combustível). A companhia também foi a primeira empresa do Brasil a operar com empilhadeiras elétricas com capacidade de transporte de 16 e 8 toneladas e já está investindo na aquisição de guindastes elétricos para as operações nos portos de Rio Grande e Pelotas.

Transporte Fluvial – Enquanto a média de escoamento e abastecimento hidroviário no país está em torno de 3%, hoje, graças ao projeto de circuito fechado desenvolvido pela companhia, cerca de 20% de toda a sua produção ou matéria-prima que chega à unidade de Guaíba é oriunda do modal fluvial. O porto dentro da unidade de Guaíba envia cerca de 90% da produção de celulose para o porto de Rio Grande. Uma vez que a carga é deixada no terminal de Rio Grande, as barcaças seguem vazias até o terminal portuário de Pelotas, onde são abastecidas com madeiras e partem no sentido contrário, retornado rumo à planta de Guaíba.

Em 2021, a CMPC transportou 2.759.504 toneladas de carga por hidrovia, sendo 1.749.562 toneladas de celulose + 1.009.942 toneladas de madeira. Já pelo modal rodoviário, foram transportados 5.604 m³ de madeira + 146.568 toneladas de celulose para abastecimento do mercado interno. O uso do modal hidroviário gerou uma redução anual de 100 mil viagens de caminhão e evitou a emissão de 56 mil toneladas de CO².

Aceleradora – Em 2022, o Grupo CMPC lançou o canal CMPC Ventures para que empreendedores do ecossistema de inovação possam apresentar startups que desenvolvam produtos ou serviços alinhados às práticas mais atuais de ESG, com objetivo de estimular o crescimento de negócios sustentáveis. No Brasil, a seleção está priorizando soluções voltadas para otimizar e modernizar o transporte de celulose e madeira, que atualmente é feito por vias fluviais e terrestres, e contribuam ainda mais na redução de emissões de GEE.