Klabin avança em metas de conservação de fauna e flora

Klabin avança em metas de conservação de fauna e flora

Com 747 mil hectares de florestas, sendo 42% destinados a áreas de conservação, a Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, tem o cuidado com a biodiversidade como fator intrínseco a seu negócio e um importante norteador de sua atuação, a qual visa o desenvolvimento sustentável.

O compromisso da Companhia com a conservação foi tornado público por meio dos KODS – Objetivos Klabin para o Desenvolvimento Sustentável, que norteiam a Agenda Klabin 2030 para o desenvolvimento sustentável, alinhados à agenda da ONU. Os KODS contam com cinco metas específicas de conservação da biodiversidade a serem alcançadas nos próximos seis anos.

Entre alguns avanços, estão o aumento de 21%, em 2022, para 26%, segundo a prévia de 2023, da identificação de hotspots de atropelamento de fauna e com iniciativas para redução de acidentes. Os hotspots de atropelamento de fauna são áreas específicas, normalmente próximas a vias de tráfego, onde há uma alta incidência de animais sendo atropelados por veículos. O número de mudas de árvores nativas para recuperação de áreas degradadas em áreas de parceiros disponibilizadas também cresceu: em 2021, foram mais de 248 mil mudas disponibilizadas; na prévia de 2023, a quantidade subiu mais que o dobro, para mais de 496 mil mudas.

Em 2023, uma empresa contratada realizou duas campanhas de monitoramento da jacutinga (Aburria jacutinga), avaliando sua capacidade de sobrevivência, dispersão e formação de casais reprodutivos. A iniciativa dá continuidade ao trabalho de reintrodução da espécie realizado em 2022, quando foram soltos 30 indivíduos. Para identificar a dispersão na floresta e a adaptação da espécie, a equipe técnica realiza o monitoramento desses exemplares com a utilização de uma antena VHF, armadilhas fotográficas e ciência cidadã.

Em 2023, cinco indivíduos de papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) chegaram para o reforço populacional da espécie no Paraná. Foram realizados exames sanitários e início dos treinamentos pré soltura. Essa espécie é de grande relevância ecológica, por ter um perfil que auxilia na restauração florestal pela dispersão de sementes, principalmente de araucárias – espécie também ameaçada.

Dentro de sua área florestal, a Klabin mantém quase nove mil hectares de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), unidades de conservação permanente criadas em áreas privadas, localizadas nos estados do Paraná e de Santa Catarina, além do Parque Ecológico Klabin (PEK), situado em Telêmaco Borba, no Paraná. Com quase cinco mil hectares, a RPPN Complexo Serra da Farofa abriga a nascente do rio Canoas, que forma a maior bacia hidrográfica da região e abastece 160 mil moradores do município de Lages.

Já em Telêmaco Borba, no Paraná, está localizada a outra RPPN da Companhia, a Fazenda Monte Alegre. Com cerca de quatro mil hectares, a região possui iniciativas de conservação e manutenção de corredores ecológicos, abrigando a Floresta Ombrófila Mista, que conta com 171 espécies de flora, incluindo sete ameaçadas de extinção. Está em fase de criação a RPPN Samuel Klabin, localizada no município de Imbaú, no Paraná, e que deve contar com 168 hectares.

A Klabin identificou em suas áreas de conservação 855 espécies de fauna, em 2022, sendo 708 com status de conservação reconhecido pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), destas, 29 são espécies ameaçadas de extinção; e 1.968 espécies de flora identificadas em 2022, sendo 526 com status de conservação reconhecido pela IUCN, destas, 39 são espécies ameaçadas de extinção.

Estes e outros dados são levantados a partir de pesquisas feitas no Parque Ecológico Klabin (PEK) e nas áreas florestais da companhia. Localizado na Fazenda Monte Alegre, no Paraná, o PEK tem uma área de quase 10 mil hectares, sendo 91% composta de floresta nativa, e desenvolve projetos de manutenção e reabilitação de animais silvestres e a preservação de espécies, incluindo 13 ameaçadas de extinção no âmbito estadual. Em abril deste ano, o PEK deu um importante passo para potencializar os programas de reprodução de espécies com a troca de animais com a Itaipu Binacional.