Irani promove economia circular que gera nova cadeia de valor para seus resíduos indústrias

Irani promove economia circular que gera nova cadeia de valor para seus resíduos indústrias

A Irani Papel e Embalagem, uma das principais indústrias de papel e papelão ondulado do Brasil, também se destaca pelas iniciativas sustentáveis que alimentam uma nova cadeia de valor transformando resíduos industriais em matéria-prima. Ao longo dos seus 80 anos, a empresa sempre colocou em prática o conceito de economia circular, desenvolvendo diversos projetos como o reaproveitamento das cinzas de caldeira.

Uma das iniciativas, que une inovação e tecnologia, é desenvolvida na unidade de Papel e Embalagem em Campina da Alegria, no município de Vargem Bonita, em Santa Catarina, e é uma das mais reconhecidas e premiadas. Ela consiste em reutilizar as cinzas provenientes da queima de biomassa, principal fonte de energia e vapor para produção de papel e embalagem.

Durante a queima da biomassa são gerados gases de combustão e partículas finas. Para controlar as emissões atmosféricas, a caldeira de cogeração da Irani possui um sistema de lavagem de gases na chaminé, destinado à retenção úmida de partículas oriundas do processo de combustão. Ao final, a ação dos chuveiros produz dois resíduos sólidos: as cinzas finas e as cinzas grossas.

Os resíduos, que antes eram destinados ao aterro industrial, desde 2016 passaram a ter novos destinos. A cinza fina, que possui nutrientes que auxiliam na incorporação do solo, são aproveitadas nas florestas plantadas da própria Irani. Já as cinzas grossas têm parte que retorna para requeima na caldeira, gerando mais energia, e outra encaminhada para uma empresa parceira, a GTNH.

Localizada também no município de Vargem Bonita, a empresa é responsável em transformar o resíduo industrial em briquetes de carvão vegetal. Sob a marca Carvão Ecomais, o produto chega ao mercado como opção para substituir o gás, a energia elétrica, o carvão vegetal tradicional, o carvão mineral e a lenha. Mais eficiente, sua queima tem chamas limpas e sem fumaça, com o produto podendo ser utilizado em churrasqueiras, fornos a lenha, aquecedores e lareiras.

Somente em 2020, foram destinadas 4.877 toneladas de resíduo à fabricação de briquetes de carvão, gerando uma economia de R$ 198.347,00 à Irani, valor que seria gasto com a destinação para aterro industrial caso não houvesse o projeto em parceria com a GTNH, que por sua vez conta com 15 postos de trabalho destinados à produção do carvão vegetal.

“Nosso modelo de negócio por si só representa uma verdadeira economia circular. E este projeto de reaproveitamento das cinzas de caldeira é mais uma das nossas iniciativas que contribuem para o emprego deste conceito na Irani. Estamos tratando nossos resíduos industriais com outro olhar e dando um novo valor a eles. Uma ação que contribui para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, tanto da empresa quanto do nosso entorno”, afirma Sérgio Ribas, diretor-presidente da Irani Papel e Embalagem.

Além da economia circular, a reutilização das cinzas provenientes da queima de biomassa contribui diretamente para a redução dos impactos ao meio ambiente, premissa que norteia o trabalho da Irani ao longo de sua história. Tanto que, no último ano, a operação impediu a emissão de 1.250 toneladas de gases de efeito estufa, ao evitar a disposição dos resíduos em aterro industrial.