Irani promove economia circular e transforma modelo de negócios das aparas e destino dos resíduos plásticos

Irani promove economia circular e transforma modelo de negócios das aparas e destino dos resíduos plásticos

A Irani Papel e Embalagem, uma das principais indústrias de papel para embalagens e embalagens de papelão ondulado do Brasil, vem se destacando também ao longo dos anos pelas práticas relacionadas a economia circular, que promovem a sustentabilidade e o desenvolvimento social. E, dentre as principais ações, está a Planta de Reciclagem de Plástico.

Após anos buscando alternativas para destinar de forma ainda mais segura os resíduos provenientes da reciclagem de aparas de papelão ondulado, a companhia catarinense desenvolveu o projeto. O ano era 2011 e, desde então, a iniciativa transformou o modelo de negócios das aparas, já que foi definido e implantado um processo produtivo e equipamentos capazes de separar, picar, lavar, secar e prensar o resíduo oriundo das aparas de papel ondulado e as fibras de papel oriundas de perdas do processo.

Tanto que antes da planta, instalada na Unidade Papel SC, em Vargem Bonita, Santa Catarina, 93% dos resíduos encaminhados para o aterro eram provenientes das aparas da produção de papel reciclado, o que representava em média 1.500 toneladas/mês de resíduos bruto. Após a planta, o cenário mudou. Inicialmente, a capacidade de segregação dos resíduos era de 10 ton/mês até 2015, passando para 130 ton/mês em 2015, quando houve uma ampliação, até chegar atualmente a 140 ton/mês de resíduo plástico seco e enfardado, denominados Aparas Mista de Plástico no mercado consumidor.

Além do ganho ambiental, com a companhia deixando de direcionar atualmente aproximadamente 2.500 ton/mês de resíduos bruto ao aterro somente em 2020 e consequentemente evitando a emissão de 170 ton/CO2eq/ano, o projeto permitiu ganhos financeiros. A planta deu origem a uma nova cadeia de valor aos resíduos, com as fibras passando a ser recuperadas, reprocessadas e comercializadas como um novo produto e gerando receita.

As Aparas de Plástico Misto são comercializadas atualmente pela Irani com três empresas da região: Ecoplastic, InBrasil e Plastilife. Usadas como matéria-prima para a fabricação de solas de sapato, mourões de cerca e telhas ecológicas, respectivamente, as Aparas de Plástico Misto podem ser aproveitadas também na produção de decks, paletes e madeira plástica, além de móveis, como bancos e mesas.

“A nossa atividade por si só representa uma economia circular, especialmente por conta do uso de aparas na produção de papéis e embalagem. Porém, com as aparas de plástico esse conceito é ainda mais amplo, pois usamos os resíduos da reciclagem das aparas de papelão para inserirmos novamente na linha de produção, criando uma cadeia nova de valor, uma nova matéria-prima para outras empresas, gerando mais trabalho e renda”, destaca Leandro Farina, gerente de Saúde, Segurança, Qualidade e Sustentabilidade da Irani.

Reconhecimento

A Planta de Reciclagem de Plástico é considerada o primeiro projeto de reciclagem de plástico dentro de uma indústria de papel no país. A iniciativa, que possibilita ganhos ambientais e econômicos, é uma referência em práticas sustentáveis e desenvolvimento social. Prova disso são os prêmios conquistados pela companhia catarinense ao longo dos últimos anos.

O primeiro prêmio concedido ao case foi em 2014, pela Editora Expressão, com o Prêmio Expressão Ecologia. No ano seguinte, o IMA de Santa Catarina reconheceu o projeto por meio do Prêmio Fritz Muller, um dos mais importantes do Estado. Em 2017, foi conquistado o Prêmio ECO, pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos, em 2018 o reconhecimento foi dado pelo Prêmio Qualidade RS, na categoria sustentabilidade, e em 2020, a Irani levou o Prêmio Empresa Cidadã, concedido pela ADVB/SC.

“Esses prêmios são importantes para a Irani, pois é o reconhecimento de projeto de recuperação e reprocessamento de resíduos para a transformação de um novo produto, para a geração de uma nova cadeia de valor. Uma iniciativa que contribui para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, tanto da nossa companhia quanto de outras empresas”, aponta Leandro Farina.