CMPC desenvolve projeto de recuperação da vegetação nativa do Rio Grande do Sul atingida pelas enchentes de 2024

CMPC desenvolve projeto de recuperação da vegetação nativa do Rio Grande do Sul atingida pelas enchentes de 2024

No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Biodiversidade, a CMPC reforça sua atuação frente ao tema. A data tem como objetivo principal incentivar a conscientização e o respeito à diversidade biológica e sua conservação. Desde sua chegada ao Rio Grande do Sul, em 2009, a atenção ao tema é constante na atuação da empresa.

Neste contexto, uma importante iniciativa anunciada recentemente pela CMPC e Governo do Estado do RS foi o lançamento do Projeto Reflora. Desenvolvida pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), tem por objetivo realizar o resgate do DNA de árvores em risco ou que sofreram danos severos devido às enchentes que assolaram o RS em 2024, e fazer o replantio no mesmo local com clones genéticos do indivíduo principal. Ao todo, serão investidos mais de R$ 7,5 milhões na iniciativa.

O projeto Reflora tem duração prevista de 3 anos, com início programado para junho de 2025. A projeção é que ao longo do período sejam plantadas 6 mil mudas de 30 espécies nativas em regiões severamente atingidas pelos efeitos das enchentes ocorridas em solo gaúcho. As primeiras cidades em que o processo será realizado são: Guaíba, Barra do Ribeiro, Tapes, Rio Pardo, Butiá, Eldorado do Sul e Santa Maria.

O processo que será aplicado no RS é exatamente o mesmo que foi desenvolvido para o reflorestamento de Brumadinho (MG) após o rompimento de uma barragem, ocorrido em 2019. A ação inicia com a identificação de árvores com danos na base do tronco e a coleta de DNA em campo com o resgate de propágulos, ou seja, partes de organismos que possam originar o processo de reflorestamento.

Na etapa seguinte, o material é armazenado, plantado em um pomar indoor e submetido ao processo de enxertia, que nada mais é do que a conexão de duas plantas diferentes para que cresçam de forma única. Na sequência, é realizado o plantio em campo e o posterior florescimento, que graças a adoção da técnica ocorre entre 6 meses e um ano. Como resultado, são geradas sementes com alta variabilidade genética e prontas para o plantio nos locais onde ficavam as antigas árvores.

Expertise em recuperação de biomas

A CMPC já é referência em regeneração de áreas degradadas, sendo uma das primeiras empresas que realizou, em larga escala, a clonagem de espécies nativas no Rio Grande do Sul. A empresa administra mais de 200 mil hectares de vegetação nativa no estado, onde quase metade precisa de intervenção para a melhoria de suas condições ambientais.

Para restaurar áreas degradadas e regenerar biomas, a companhia realiza a colheita de mudas nativas nascidas nos sub-bosques das suas áreas de plantios produtivos de eucalipto. Após um período de manejo, as mudas e espécies adaptadas às condições locais são reinseridas nas localidades a serem restauradas. Todo este processo se baseia no potencial de autoregeneração da natureza. Quando retiradas do meio ambiente, as mudas são catalogadas e tratadas até estarem prontas para o plantio. Essa atividade ocorre no município de Barra do Ribeiro, onde está localizado o viveiro da CMPC. Esse processo garante a qualidade das florestas nativas e produtivas da empresa. Atualmente, cerca de 80% do total de mudas plantadas pela CMPC em regiões a serem restauradas são fruto desta ação.