Biodiversidade

Trabalho contínuo para conservar a maior biodiversidade do mundo

O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo e possui uma vasta riqueza em sua flora e fauna. Aqui estão 20% da biodiversidade de todo o mundo, assim como 30% das áreas de florestas tropicais do planeta. Com trabalhos iniciados na década 1970 e intensificados ao longo dos anos, diante da crescente ênfase deste tema nas estratégias de empresas e governos, a indústria nacional de florestas plantadas tem dado importantes demonstrações de seu comprometimento para que o Brasil siga liderando esse ranking, dedicando recursos a pesquisas que envolvam o levantamento, monitoramento e manejo da fauna e fitossociologia, restauração da flora e gestão da paisagem.

Os investimentos na melhoria contínua das práticas de manejo são constantes e têm como principal objetivo mitigar os impactos e promover a conservação da biodiversidade, sempre levando em conta escala e intensidade das atividades produtivas das associadas. É dessa forma que a indústria florestal brasileira exerce importante papel no cumprimento da Meta de Aichi #7, que atribui à silvicultura a gestão de maneira sustentável e que assegure a conservação da biodiversidade. Ao todo, as Metas de Aichi incluem 20 proposições que devem ser implementadas até 2020 para reduzir a perda de biodiversidade em âmbito mundial.

Se de um lado, as empresas florestais têm dado sua contribuição, por outro, a natureza agradece à sua forma. Na flora, dentre os serviços ambientais prestados pela conservação da biodiversidade, destaca-se a reserva de produtos madeireiros e não madeireiros. Na fauna, estão presentes os inimigos naturais de pragas; eficientes dispersores de sementes e polinizadores; e um extraordinário banco genético com soluções para os desafios globais do do uso responsável dos recursos naturais.

Para evidenciar os importantes números das empresas de base florestal plantada e seu engajamento para a conservação da biodiversidade, a Ibá organizou um banco de dados inédito que, além de apontar que são muitas as espécies encontradas em áreas manejadas pelas empresas associadas à Ibá, o setor também contribui para a promoção da gestão do conhecimento e capacitação técnica profissional, prevista nas Metas de Aichi (#19).

Concentrados especialmente nos biomas da Mata Atlântica (60%) e Cerrado (36%), considerados os mais ameaçados do País, os estudos indicaram que, das espécies ameaçadas de extinção em território nacional, foram encontradas 38% dos mamíferos e 41% das aves nas áreas das empresas florestais brasileiras. Também foram registrados trabalhos realizados no Pampa, Amazônia e Caatinga. Importante bioindicador ambiental, a diversidade de avifauna presente nas áreas traz dados relevantes para a avaliação da conectividade, efeito de borda e corredores ecológicos. Por isso, há muitas razões para se comemorar que mais da metade das espécies registradas no Brasil foram encontradas nos registros das empresas florestais. Os indicadores apontaram ainda para a existência de 161 espécies de anfíbios, 174 répteis, 241 mamíferos e uma rica flora de mais de 1570 espécies.

O levantamento, feito pela Ibá com as empresas associadas, mostrou que as contribuições do setor à biodiversidade não são recentes. Os trabalhos tiveram início na década de 1970 e se intensificaram nos últimos anos. Para o fortalecimento das iniciativas do setor, fazem-se necessárias a consolidação de políticas e mecanismos de governo no combate ao desmatamento e a criação de Unidades de Conservação para se chegar um modelo de desenvolvimento econômico que tenha suas estratégias pautadas por uma economia de baixo impacto ambiental.