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Bastidores COP-26

Notícias de 08 de novembro de 2021
 

Setor de árvores cultivadas se movimenta na COP-26

Este início de semana contou com uma intensa agenda da indústria de base florestal em Glasgow. Desde encontros a participação em eventos, os representantes do setor de árvores cultivadas continuam trabalhando para posicionar o setor como uma das soluções para o planeta na questão das mudanças climáticas. Acompanhe abaixo. 
 

Fim de semana de atuação em Glasgow.  

O Embaixador José Carlos da Fonseca Jr. teve encontro com Fred Arruda, o embaixador do Brasil no Reino Unido. Na ocasião, ambos recepcionaram o Presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, em sua chegada a Edimburgo. O diretor executivo da Ibá também participou de almoço oferecido pela Embaixada à presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, senadora Katia Abreu, que estava acompanhada do senador Irajá de Abreu. Finalizando o domingo, José Carlos esteve presente no encontro promovido pelo Consórcio Amazônia Legal, que teve como mote o tema “Construindo parcerias para o desenvolvimento econômico de baixas emissões na Amazônia Brasileira”.

Também neste fim de semana, duas palestras deram luz ao setor. Nathalia Granato, coordenadora de Sustentabilidade da Ibá, participou de debate sobre finanças verdes no Global Landscapes Forum (GLF). Já Francisco Razzolini, diretor de tecnologia industrial, inovação e sustentabilidade da Klabin, falou em side event da COP- 26 sobre caminhos para realização de negócios de impacto local.

 

Anúncios na imprensa internacional

Suzano e Klabin fizeram anúncios nos principais veículos de imprensa britânicos reforçando as mensagens de sustentabilidade desse setor que planta por dia 1 milhão de árvores e há anos demonstra que é possível produzir e conservar.

A Suzano fez um anúncio em formato de segunda capa no Financial Times,  com uma capa inteira de mensagens da empresa, demonstrando seu apoio ao mercado de carbono global regulado.

No texto ela diz que a escala de descarbonização precisa crescer mundialmente, envolvendo altos investimentos. Além da precificação do carbono e um mercado global regulado, Suzano também reforça que os países precisam de metas mais fortes para ficarmos na meta de 1,5°C.

“Como empresa carbono negativo, a Suzano demonstra a viabilidade de mudanças já e inclusive reforça que a empresa antecipou suas metas de remover 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera para 2030”. 

A empresa encerra dizendo que “não há espaço para procrastinação até 2050, é preciso mudanças agora. 2050 é hoje”.

Já a Klabin tem feito uma série de anúncios no Brasil e na Inglaterra, com destaque para página inteira na The Economist. No texto, a empresa se apresenta. “Nós Somos a Klabin e estamos construindo um futuro renovável. Empresa brasileira com  mais de 120 anos, que tem trabalhado constantemente na criação de soluções sustentáveis.Somos o maior produtor e exportador de papéis para embalagem no Brasil, com 24 unidades industriais e mais de 25 mil funcionários”. 

Para a COP-26 a Klabin envia a seguinte mensagem: “Como um membro do Business Leaders Group da COP-26,  a missão da Klabiin é compartilhar o conhecimento sobre a economia de baixo carbono pela América Latina, assim como acelerar o comprometimento do setor privado para redução de emissões e em metas baseadas na ciência.  A Klabin trabalha diariamente de olho na sustentabilidade para o hoje e para o futuro, cuidando de pessoas, do meio ambiente, produzindo ao mesmo tempo que conserva hoje e amanhã”.
 

COP-26: Painel   “O setor de base florestal e seu papel na bioeconomia”

Na manhã desta segunda-feira,8, o pavilhão Brasileiro abrigou o painel   “O setor de base florestal e seu papel na bioeconomia” dos debates intitulados “O futuro verde está no Brasil”. Participaram da conversa Cristiano Teixeira, CEO da Klabin; Walter Schalka, CEO da Suzano; e João Adrien, diretor do Serviço Florestal Brasileiro/MAPA . A condução ficou por conta de Beatriz Milliet, Secretária de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente.

Em suas falas os executivos comentaram sobre a importância do setor de árvores cultivadas no País.  “Nós somos parte da solução para a questão climática. O setor de base florestal é dos que mais podem ajudar em acelerar o processo de neutralidade de carbono. Somos referência para o mundo em manejo florestal. Isso mostra a eficiência do nosso setor, também para geração de emprego e renda.”, afirmou Teixeira. 

Schalka complementou afirmando que “além de todos os atributos ambientais, é o setor que mais investe no Brasil, com uma balança comercial muita positiva. Tem muito potencial para substituir materiais fósseis a partir da árvores cultivada e podemos prover matéria-prima sustentável a outros segmentos, como segmentos de tecidos, bio-óleos, entre outros. É um setor que tem tudo de bom para poder ser parte da solução do planeta”. 

Os CEOs encerraram com suas expectativas para a COP26. “Temos que ter um entendimento global do mercado de carbono por meio do Artigo 6 do Acordo de Paris. Se tivermos isso regulamentado ao final dessa COP, será um sucesso. Outro ponto importante é sobre o financiamento para países em desenvolvimento. Precisamos de ação urgente. É um projeto colaborativo entre todo o planeta. Se andarmos com estas duas questões, teremos dado passos importantes”, afirmou Walter Schalka. 

Cristiano Teixeira seguiu a mesmo linha reforçando a importância da transparência nesta regulamentação. “A governança do controle das emissões de carbono tem que ser transparente. A contabilidade daquilo que será retirado da atmosfera tem que ser aderente com a real remoção. Isto é imprescindível para, de fato, sair daqui que pudemos honrar com nosso papel aqui”.

João Adrien encerrou sua participação dizendo que “ o setor de árvores cultivadas fundamental para o Brasil atingir suas NDCs”. Já Betriz Millet deixou a mensagem final de que “não há a menor dúvida que este setor é parte da solução para uma economia verde”. 

O evento pode ser assistido na íntegra aqui.

 


“ A Ibá vem fazendo um trabalho bastante relevante, pois há outras empresas da mesma natureza com a mesma genuína intenção de ajudar para nós sermos alguém que consiga reconstruir uma parte da base florestal  brasileira com floresta nativa em áreas  degradadas” Walter Schalka, CEO da Suzano. 

 

Painel   “O futuro da Amazônia: reconciliando produção agrícola e conservação florestal”

Na manhã desta segunda,8, a Coalizão Brasil, em parceria com o Instituto de Pesquisas Ambiental da Amazônia (Ipam), promoveu, no *Brazil Climate Action Hub, o debate sobre o “O futuro da Amazônia: reconciliando produção agrícola e conservação florestal”*. Entre os panelistas, estiveram presentes Helder Barbalho, Governador do estado do Pará; Ana Paula dos Santos Souza, coordenadora do projeto Viver, Produzir e Conservar; Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam; Cristiano Teixeira, CEO da Klabin; Hans Brattskar, representante do Ministério do Meio Ambiente da Noruega, com moderação de André Guimaraes, diretor executivo do Ipam.

Cristiano Teixeira, CEO da Klabin, fez uma fala forte. “Qual é o ponto que é comum e constrange a todos nós? O desmatamento ilegal. O compromisso que foi assumido (de zerar desmatamento, no início da COP-26) foi muito bom. Agora temos que sair das promessas e partir para execução. Mas as ações precisam ser o mais rápido possível”.   O executivo ainda explicou que, na Klabin, para o cultivo de uma área determinada, as florestas são manejadas são certificadas pela FSC. Dos 9 milhões de hectares que o setor tem, 5 milhões são conservados. O setor florestal do Brasil segue rigorosamente a legislação do Código Florestal, mas, ainda assim, sabemos que não é o suficiente. “o setor privado tem ações com as comunidades indígenas, assentamentos, preservação das microbacias, como lidar com o uso da terra.. é um ponto comum – e o desmatamento é em comum entre nós. Temos que sair das promessas para a execução”. 

O Governador do Pará, Helder Barbalho, reforçou que, neste momento, estamos no dilema do que nós queremos para o futuro. A virada de chave é agora. “O enfrentamento ao desmatamento ilegal já está em processo de realização. Temos que ter consciência para que o monitoramento, a fiscalização e o controle sejam decisivos, mas não as únicas iniciativas a serem feitas. Através de um plano do consórcio de governadores da Amazônia, desenvolver ações produtivas que possam fazer esse processo de transição e multiplicação de atividades. Dialogar com a agricultura familiar”.

Para Ana Paula dos Santos Souza, coordenadora do projeto Viver, Produzir e Conservar, não há uma única iniciativa que resolverá o problema. “Precisamos de todos nessa empreitada. É preciso evoluir nesse pensamento do futuro. Os movimentos sociais não salvam o mundo, mas todo nosso tempo nesse mundo serão de luta.”

Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam, o Brasil tem 66% do território coberto por vegetação nativa, mas ainda outros 31% dedicado à produção agropecuária. Em sua visão, para reduzir o desmatamento da Amazônia e emissões dos gases de efeito estufa, é possível seguir o modelo “50% + 50%”: 50% (comando e controle inteligente; destinar as florestas públicas) + 50% (consolidar e apoiar economias de base florestal e investimentos em bioeconomia, conservação de ativos florestais e fortalecer o Código Florestal, assistência para a produção sustentável nos assentamentos). “Entendendo o histórico de mudanças, planejamos o futuro, e a Amazônia é quem mais tem contribuído para o processo de uso da terra”. 

Hans Brattskar, representante do Ministério do Meio Ambiente da Noruega, ressalta o trabalho do país em reduzir o desmatamento no Brasil há décadas. Isso era uma questão que faltava na área internacional e nas negociações climáticas. “Nós vimos o Brasil como pioneiro e vimos como esse era um tema extremamente importante. Queríamos o Brasil como nosso parceiro. É necessário encontrar uma maneira de mudar o discurso político sobre o desmatamento e ter um progresso nessa questão”.
 

'União para seguir em frente', diz Obama em seu discurso na COP-26.

Com este ditado havaiana que o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, deixou uma forte mensagem durante seu discurso nesta segunda, 8, em Glasgow, durante a COP-26. 

Obama, pregou união entre os países para que possamos “salvar o planeta”. “Salvar o planeta não é uma questão partidária. Não importa o seu partido. As mudanças climáticas podem ser vistas no mundo todo como uma oportunidade para ganhar pontos políticos. Para os que me ouvem nos Estados Unidos, não importa se você é Republicano ou Democrata. Se a sua casa na Flórida for inundada pelo oceano, a natureza, a física e ciência não se importam com a sua filiação partidária”. 

“Precisamos de todos, mesmo que discordemos em outras questões. E, o que também é verdade no mundo inteiro, é que a mais importante energia [na luta pelo clima] está vindo dos jovens”, completou o ex-presidente. 

Sobre os acordos firmados durante a Conferência, Barack Obama viu como um “progresso significativo”, mas que “precisamos fazer mais”. O americano lamentou a ausência dos líderes de China, Rússia e Brasil no evento. 
 
 
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Enviado por Indústria Brasileira de Árvores
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