Comunicação

A Ibá comemorou quatro anos de criação. Não poderíamos deixar passar em branco esta data sem mencionar o tamanho do orgulho que é olhar as realizações da entidade e o crescimento do setor neste período. Quando se decidiu que quatro associações (ABAF, ABIPA, ABIPLAR e BRACELPA) seriam unificadas e formariam a Indústria Brasileira de Árvores, sabíamos o tamanho do desafio e o trabalho que teríamos. Foi hora de arregaçar as mangas e correr atrás.

Neste período, representamos o setor em mais de 200 eventos, tanto dentro, quanto fora do país; em Brasília, estivemos reunidos com a alta cúpula do governo, presidentes da República, ministros e levamos até as autoridades os pleitos de interesse das empresas do segmento de árvores plantadas; ainda no âmbito federal, participamos de fóruns e frentes parlamentares, sempre em defesa de nossos associados; e internacionalmente marcamos presença também em conselhos e comissões, de modo a consolidar o setor florestal brasileiro como um dos mais fortes do mundo.

Junto a este esforço, começamos a colher alguns frutos. A Ibá atuou de forma decisiva para o reconhecimento do Cerflor pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification Systems (PEFC). A associação ainda organizou, junto com o IPEF, três eventos preparatórios para a Assembleia Geral do FSC, que resultou na aprovação de 75% das monções alinhadas com a Câmara Econômica da América Latina.

Durante dois anos, estivemos à frente do ICPFA (International Council of Forest & Paper Associations), principal órgão institucional da indústria florestal no mundo, reforçando internacionalmente mensagens e agenda das florestas plantadas brasileiras e o papel dessa indústria na sociedade.

A entidade também atuou junto com o governo no processo de formalização e definição da estrutura de governança do sistema de logística reversa de embalagens, da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), incentivando a importância da economia circular. O setor sempre teve uma ampla política de reutilização, tanto que o papel tem alta taxa de reciclagem no Brasil, sendo esta uma tradição já incorporada em seu processo produtivo. O alto índice de recuperação ultrapassa 50% e vem crescendo com o desenvolvimento da cadeia de reciclagem.

Devido a grande demanda por registros de defensivos e outros importantes assuntos estratégicos referentes à defesa fitossanitária de florestas plantadas, a Ibá atuou junto ao Governo Federal para o registro de defensivos (inseticidas, fungicidas e herbicidas). Foram 22 defensivos aprovados entre 2014 e 2017, sendo que sete deles eram considerados prioridade para o setor e exigiram uma intensa articulação com o governo.

Do ponto de vista de comunicação, atuamos com os objetivos de reforçar a importância do setor do ponto de vista econômico, sustentável e social, desmistificar determinados assuntos e auxiliar a cadeia produtiva a valorizar os produtos originários das florestas plantadas. Diante disto, criamos uma série de infográficos, que contemplaram temas como Recursos Hídricos, Biodiversidade, múltiplos usos das árvores plantadas e reciclagem.

Apesar dos dados positivos conquistados, a Ibá ainda tem diversos desafios, como seguir reforçando o conhecimento de que as árvores plantadas brasileiras são as mais sustentáveis do mundo, valorizar os produtos feitos por essa cadeia sustentável, renovável, reciclável, certificada e biodegradável, além de questões políticas desafiadoras. O Licenciamento Ambiental é relevante e o trabalho da Ibá tem o intuito de descaracterizar a silvicultura como atividade potencialmente poluidora, atuação na discussão dos projetos de lei que disciplinam o tema, entre eles o PL 214/15, do senador Álvaro Dias (modifica o Código 20 do Anexo VIII da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Estamos orgulhosos do que conquistamos. Mas, olhando para frente, temos a certeza de que ainda temos muito trabalho e estamos convictos de que a Ibá terá mais muitos anos de vitórias para o setor de árvores plantadas.

Este artigo foi publicado na Revista O Papel