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Indústria Brasileira de Árvores colhe três anos de importantes resultados

Há três anos, desafiamos o mercado ao criar um setor econômico-industrial que trouxesse uma nova visão e contemplasse, no seu desenvolvimento ambiental, econômico e social, a base florestal plantada. Da junção da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), da Associação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alta Resistência (Abiplar) e da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF) surgiu a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

O objetivo desta união se mantém ainda hoje: ampliar a competitividade dos produtos originários dos cultivos das árvores plantadas para fins industriais – eucalipto, pinus e demais espécies -, criando maior sinergia entre as empresas e entidades de segmentos como painéis e pisos de madeira, celulose, papel, florestas energéticas, além dos produtores independentes e investidores institucionais, por meio de um único interlocutor.

Desde então, a associação vem trabalhando para tornar o Brasil a principal referência mundial em árvores plantadas e, consequentemente, o protagonista desta nova economia, que tem tudo para ser verde. Acreditando no potencial das árvores plantadas como futuro das matérias-primas renováveis, recicláveis e amigáveis ao meio ambiente, à biodiversidade e à vida humana, a Ibá procura, por meio de sua representatividade, elevar o patamar de ciência, tecnologia e responsabilidade socioambiental ao longo de toda a cadeia produtiva, na busca por soluções e metodologias inovadoras para o mercado brasileiro e global. Incentivamos as práticas sustentáveis de manejo florestal, a certificação dos plantios, o consumo consciente dos recursos naturais, a biotecnologia e a nanotecnologia.

No cenário mundial, em menos de um ano, a Ibá chegou à Presidência do International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA)- conselho que reúne 30 associações mundiais do setor de florestas e papel; trabalhamos nas propostas brasileiras no Acordo do Clima, que contribuirá com a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, atuamos em diversos fóruns e eventos internacionais, com destaque para as ações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). No final do ano passado, estivemos na Bolsa de Valores de Londres para enaltecer a capacidade e relevância do setor na adaptação e na mitigação das alterações climáticas e como as indústrias brasileiras de base florestal podem se tornar grandes emissoras de green bonds. No cenário comercial, a Ibá articulou negociações em acordos e parcerias, junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), por exemplo, no acordo Mercosul-União Europeia, nas negociações Bilaterais com o México e no Acordo sobre Facilitação de Comércio da OMC.

No Brasil, a Ibá recebeu o reconhecimento da sociedade, de lideranças e agentes internos. Consolidamos fortes posições perante o Governo Federal, com a participação no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) – o Conselhão, e atuações em trabalhos junto aos Ministérios do Meio Ambiente (MMA), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de Minas e Energia (MME), entre outros. Avançamos na implantação do Código Florestal Brasileiro, na desburocratização do licenciamento ambiental, na consolidação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, na discussão da reforma da legislação trabalhista e na adesão e regulamentação da maioria dos estados ao RECOPI para combater à concorrência desleal causada pelo desvio de finalidade do Papel Imune, além do registro de 19 defensivos agrícolas que contribuem com a produtividade do setor. Participamos da Coalizão Brasil Clima Floresta e Agricultura, união multisetorial que tem como objetivo promover e propor políticas públicas, ações, mecanismos e incentivos financeiros e econômicos para o estimulo à agricultura, pecuária e economia de base florestal que impulsionem o Brasil para o protagonismo global da economia sustentável de baixo caborno.

Acompanhamos e incentivamos, ainda, investimentos em programas sociais e programas de fomento de pequenos produtores rurais, que geraram valor social em regiões brasileiras distantes dos grandes centros urbanos. Estimulamos a Integração Lavoura Pecuária e Florestas (ILPF), em que produção agrícola, criação de gado e manejo de florestas plantadas ocorrem em uma mesma propriedade rural de maneira sustentável. A ILPF está entre as contribuições brasileiras para o acordo do clima, feito em dezembro de 2015 durante a COP21, em Paris, na França.

Entendemos que há muito espaço para crescer de forma sólida. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) prevê que o planeta terá 9,1 bilhões de pessoas até 2050, que consumirão três vezes mais produtos provenientes da madeira, exigindo 250 milhões de hectares adicionais de florestas plantadas; há também uma forte pressão global para que os países substituam os materiais fósseis por produtos renováveis e recicláveis, como são os provenientes da floresta plantada. Hoje, o nosso setor ocupa menos de 1% do território brasileiro com 7,8 milhões de hectares, e é responsável por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial (R$ 69,1 bilhões de receita bruta); 4,7% das exportações do Brasil (US$ 9 bilhões) e emprega 540 mil pessoas diretamente e 3,8 milhões indiretamente (4% da população ativa).

Desta forma, nos próximos anos, a Ibá manterá os esforços para superar os principais entraves para o crescimento do setor, com o estabelecimento de uma política clara e consolidada que contemplem aspectos de desoneração tributária de investimentos, resolução dos principais gargalos de infraestrutura e logística e criação de um mercado de carbono que beneficie os produtos sustentáveis do setor.

Certa de ter tomado o melhor caminho quando unificou os segmentos na voz da base florestal plantada, a Ibá continuará o seu constante trabalho nas mais diversas esferas, representando e defendendo este setor que poderá, rapidamente, transformar o Brasil em uma potência da economia verde que passará a guiar o mundo.

Este artigo foi publicado na revista O papel em maio de 2017

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